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Quem dança "reza" duas vezes


Muita gente acha que cantar é a forma mais direta de comunicação com Deus. Mas Marie Christiane e Ana Cristina acreditam que, para elevar o espírito e celebrar a fé, nada é melhor do que dançar e ensinar a dançar. E as duas escolheram a Ressurreição para pôr em prática a convicção: enquanto Marie Christiane tem como público os adultos e a terceira idade (hoje tem alunas dos 40 aos 90), Ana Cristina ensina os de 7 a 14 anos. Então, não há desculpa: todo mundo pode se inscrever e descobrir o enorme prazer de deixar o corpo acompanhar o ritmo da música!

A diferença está na forma: Ana Cristina traz da escola de Dalal Ashcar a seriedade e a busca de perfeição do balé clássico: são três turmas, às segundas e quartas, das 16 às 19h. E "tome" pliés, demi-pliés e muita elegância: "O balé clássico é exigente e uma escolha difícil. Muitas vezes, os exercícios se repetem até machucar e fazer sangrar os pés", ela conta. Mas vale a pena. Uma amostra desta persistência pode ser vista em apresentações na Ressurreição em missas e Dias Santos. Quem já assistiu entende o que ela diz: "Nos dias de festas, trazemos as roupas para eles. E toca de ensaios, dezenas de vezes. Fazemos questão de transmitir aos alunos o compromisso e a vontade de dar o melhor, que é marca de quem trabalha com Dalal", explica. "E fico na maior torcida, quando o público gosta, aplaude e os alunos avançam e se revelam talentosos", conta por telefone, já que está de molho, o pé no gesso, por conta de um tombo na rua.

Já Marie Christiane (gente, ela é consulesa de Luxemburgo, que chic!), chega para as aulas, aos sábados, de 11 às 12h, carregando seu radinho com músicas pré-escolhidas (vai de forró à valsa e à salsa). "Ficava ouvindo o programa Flashback e dançando sozinha, quando tive a idéia de repartir esta energia com outras pessoas e trouxe a idéia ao Pe. José Roberto que logo abraçou a causa". Esta ex-professora de História e ex-bailarina, traz para a Ressurreição seus olhos verdes e seu entusiasmo: "Temos que agradecer a Deus por nossa fé", afirma. E é emocionante ver o que a dança é capaz de fazer em termos de socialização e de despertar de vida. "Nós, católicos, devemos ser alegres e cultivar a alegria. Só falta agora marcar nossa apresentação e todos verão que idade não deve ser desculpa para se fechar para o mundo".

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