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O batismo é a porta de entrada na Igreja. Através dele, a pessoa é purificada do pecado original e passa a fazer parte da comunidade cristã. Todos os anos, em nossa paróquia, mais de 400 pessoas tornam-se membros desta comunidade.

A Pastoral do Batismo da paróquia, coordenada por Tânia Giancristoforo desde 1997, tem cerca de 20 integrantes, entre plantonistas e palestrantes. Os plantonistas são responsáveis pelo atendimento, às quintas-feiras, na secretaria, quando são feitas inscrições e se expedem certidões. Já os palestrantes são responsáveis pelo curso preparatório, que acontece dois dias antes do batizado, para pais e padrinhos (que devem ser católicos e maiores de 16 anos). Além dos pais e padrinhos, quando a criança tem mais de sete anos, ela própria deve ser preparada, o que acontece na catequese.
Além disso, para manter o vínculo com a paróquia, quando se completa um ano de batismo, a pastoral manda uma carta para cada criança.

Visando melhor organizar todo esse processo, Tânia revela um sonho: informatizar os dados, classificando as crianças por padre que as batizou, data de batismo, idade, etc. O sistema está pronto, mas falta um computador.

Tânia também conta uma curiosidade: os nomes mais comuns dados às crianças batizadas, ainda são os bíblicos: “nomes dos apóstolos como Pedro, Mateus e Tiago aparecem muito e também Isabel e Maria. E tenho reparado que as crianças da classe mais alta vêm com nomes enormes, com todos os sobrenomes do pai e da mãe...”.

Apesar de trabalhoso, Tânia diz que gosta do serviço e que procura fazê-lo bem: “A gente tem que procurar sempre fazer o melhor, mesmo sendo voluntário”. E convida novas pessoas para participar da equipe, em especial, palestrantes.


Outras informações sobre a Pastoral do Batismo dadas por Tânia Giancristoforo


Jornal Ressurreição: Há quanto tempo a senhora está na pastoral do batismo?
Tânia: Desde 1997. Era professora de Química, não tinha muito tempo; então, quando me aposentei, vim trabalhar na paróquia. O casal que coordenava se mudou e eu fiquei como coordenadora. Os batizados têm muita parte burocrática e centraliza-se em mim o trabalho final de juntar tudo para passar para o livro...

JR: Como é a questão dos livros dos batizados?
Tânia: Quando cheguei aqui, não havia cópia de nenhum livro, se acontecesse um incêndio não ia haver nenhum registro. Então, passamos a copiar todos os livros, há uma cópia lá no arquivo geral na Catedral.

JR: Como é o curso de preparação para pais e padrinhos?
Tânia: Temos uma equipe de umas 20 pessoas, e fazemos rodízio, cada grupo trabalha quatro meses por ano no curso que acontece na 6ª-feira que antecede o batismo. Trata-se de uma palestra em que se explica o que é o batizado, a Igreja, o rito do batismo, o porquê da água, do óleo... O batizado é a porta de entrada da Igreja; é o primeiro sacramento que a pessoa recebe, ela tem que ser bem acolhida. Claro que a maioria são crianças mas, aí, temos que “trabalhar” os pais e padrinhos.

JR: Em alguns casos as crianças também precisam fazer preparação para o batismo?
Tânia: As crianças que não foram batizadas e vão fazer a Primeira Comunhão são preparadas na catequese, porque só até os 7 anos são os pais que respondem por elas. Na véspera da Primeira Comunhão, o Pe. Zé Roberto as batiza. E a catequista de adultos, a Vilma, prepara os mais velhos, acima de 12 anos.

JR: A pessoa pode fazer o curso de preparação aqui e se batizar em outra paróquia?
Tânia: Sim, há as pessoas que não vão batizar aqui, mas fazem o curso. Às vezes, a pessoa não tem horário em que possa fazer o curso na outra paróquia ou então vai se batizar em outra cidade, então a gente tem que fazer um comprovante para levarem.

JR: Como é a celebração do batismo?
Tânia: É como uma missa, padrinhos e pais fazem as leituras. E fazemos uma lembrança no dia do batizado, tipo um diploma que o padre assina.

JR: Os batizados são pagos?
Tânia: São gratuitos. Se a pessoa quiser, colabora.

JR: Vocês também são responsáveis pelos batizados da Capela da Anunciação?
Tânia: No Morro, os batizados são feitos lá e o curso são as irmãs que dão, mas o registro é feito também no livro da paróquia.

JR: Quais os nomes mais frequentes nos batizados?
Tânia: Houve a época de Romário. E sempre Mateus, Pedro, Tiago e João, os nomes dos apóstolos. E Isabel, Cristina, Maria (pura, sem outro nome para acompanhar). Daniel também aparece muito e Roberto Carlos. Tenho reparado que as crianças da classe mais alta com nomes enormes, unindo todos os sobrenomes possíveis do pai e da mãe.

JR: Há algum caso pitoresco que a senhora tenha vivido na pastoral do batismo?
Tânia: Há casos como o em que a criança que foi registrada sem o nome do pai e, posteriormente, o pai reconheceu a criança então, tenho que ir ao arquivo na Catedral mudar o livro. Também há criança que foi adotada e mudou o nome... E há as crianças que mostram a foto do dia do batizados, mas não têm registro de batismo, porque os pais não foram lá na 5ª feira, não procuraram ninguém, aí, a gente tem que acreditar no que vê na foto...

JR: Como é participar da pastoral?
Tânia: Eu gosto; só lamento não poder fazer cursos para melhorar meus conhecimentos em matéria de batismo. Gosto da parte burocrática, sou organizada.