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Neste mês de junho, celebra-se Corpus Christi. Vale entendermos um pouco mais sobre essa presença...

A presença real de Cristo na Eucaristia não é uma invenção da Igreja. Desde que celebravam a Ceia do Senhor, os primeiros cristãos acreditavam em uma presença misteriosa do Senhor. Aos poucos, elaborou-se a doutrina professando que o pão e o vinho são, verdadeiramente, Seu Corpo e Sangue. Desse modo, sempre houve uma reverência às espécies consagradas na ceia eucarística. Essas espécies, particularmente o Pão consagrado, eram conservadas para a comunhão de prisioneiros e enfermos. A partir disso, desenvolveu-se o culto de adoração, que se tornou uma prática comum na Igreja Ocidental e Oriental. Essa foi mais cuidadosamente sistematizada no séc. XVI, por ocasião das contendas com os reformadores protestantes.
De acordo com o Concílio de Trento (1545-1563),“a Eucaristia contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, junto com a própria alma e divindade e, por isso, a verdade, o Jesus presente”, assim, quando nos aproximamos da comunhão eucarística, recebemos mais do que sua presença espiritual: comungamos de fato o próprio Corpo e o Sangue do Senhor, entramos em comunhão com Sua humanidade e Sua divindade. Como os protestantes negavam que as espécies continuavam sendo o Corpo e o Sangue do Senhor depois da celebração da Ceia, aquele Concílio afirma que “as espécies do pão e do vinho continuam a existir também depois da consagração”; nossa fé na presença real confessa que, mesmo depois da celebração da Ceia Eucarística, Jesus Cristo continua presente e é legítima a Sua adoração.
A prática da Adoração Eucarística - Na exortação apostólica Sacramentum Caritatis, recomenda-se vivamente “a prática de Adoração Eucarística tanto pessoal como comunitária”. Pede-se que se explique aos fiéis a importância desse “ato de culto que permite viver mais profundamente e com maior fruto, a própria celebração eucarística” e sugere-se que, nos centros mais populosos, seria conveniente individuar igrejas ou capelas para a adoração perpétua.
Ressalta-se também que a devida colocação do sacrário nas igrejas precisa ajudar “a reconhecer a presença real de Cristo no Santíssimo Sacramento, graças nomeadamente à lâmpada perenemente acesa” (cf. 68-69). De fato, quando entramos em uma igreja, uma luz vermelha tremula no ar, anunciando um mistério. É o sinal tradicional que marca a presença real de Cristo Eucarístico. Essa tradição remonta às tochas ou velas que marcavam a entrada do Tabernáculo, nos templos judaicos, para destacar a Sagrada Torá.

(com base em texto de Pe. Antonio Sagrado Bogaz, em O Mensageiro de Sto. Antonio)


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